Hospital Santa Casa de Misericordia
Das chácaras dos barões do café à revalorização atual do centro: conheça um pouco da história da Vila Buarque
Mariana Puzzuoli e Daniela Costa
Poucos conhecem a real história do bairro Vila Buarque. Seu início se deu em 1894, quando a chácara do Senador Antonio Pinto do Rego Freitas foi vendida pelos seus herdeiros para dois engenheiros. Um deles deu o nome ao bairro: o engenheiro de obras Manuel Buarque de Macedo.
O bairro mudou de acordo com os anos, acompanhando a época ilustre do coração de São Paulo, época dos barões de café, e também a sua decadência, decorrente da crise de 29, conta Roberto Merizo, 65 anos, empresário, nascido e criado na região. Ouviu essas histórias desde sempre, não só por morar no bairro, mas porque sua mãe era historiadora.
Segundo Roberto, sua mãe também contava que o espaço era uma grande chácara, que, depois de vendida, deu origem a um bairro. Isso nos idos de 1890. “Buarque era o dono da região e o espaço começou a ser chamado de vila, e vem daí o nome atual”, diz.
Nos anos 1960, muitas boates se concentraram na região, criando-se o estereótipo de que, durante o dia, ouvia-se o correr dos portões da Santa Casa de Misericórdia e, à noite, o barulho dos notívagos.
A região, que é cortada pelo Elevado Costa e Silva, sofreu com a desvalorização dos imóveis na década de 70. Hoje, segundo dados da Prefeitura, a Vila Buarque está em processo de revitalização, como boa parte dos bairros do centro. Hoje abriga importantes instituições, como o Senac, o Sesc Consolação e a Escola e Teatro Aliança Francesa, entre outras.
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