segunda-feira, 23 de maio de 2011

Economia e limpeza


Coleta e reciclagem de óleo usado viram atos de cidadania

Por Daniela Costa e Daniele Catarine

João Paulo da Silva, gerente 

Prefeituras, ONGs e instituições preocupadas com o meio ambiente adotam cada vez mais ações como a de coleta e reciclagem de óleo de cozinha. Este óleo é residual de frituras e, quando jogado em pias ou ralos, pode causar grandes danos às tubulações e ao meio ambiente.

A padaria Palma de Ouro, localizada na Rua Japurá 22, Bela Vista em parceria com a ONG RetiÓleo, aderiu à prática. “A idéia da coleta foi uma alternativa encontrada para o problema no encanamento do prédio,  que é velho, mas depois vimos que essa era a melhor opção”, diz o gerente do turno da manhã, João Paulo da Silva, 35 anos.

Segundo o gerente, o óleo é recolhido em grande quantidade uma vez por semana ou quando há necessidade. São deixados pela empresa dois galões de 50 litros que, quando cheios, são retirados em uma espécie de troca. “Entregamos o óleo queimado e em troca são nos doados produtos de limpeza, como sabão e detergente”, diz o gerente.

A padaria também é um ponto de coleta para frequentadores e moradores da região. Os interessados deixam o material com funcionários e estes juntam com os outros resíduos. “Tentamos orientar funcionários e frequentadores de maneira que não vá prejudicar o meio ambiente e a empresa”, diz João Paulo.

Além da coleta do óleo feita na padaria, a ONG faz a reciclagem do material, que é transformado em massa para fabricação de vidros. “Com a fabricação da massa, a partir da reciclagem do óleo, o resultado é a diminuição do custo da matéria-prima. Substitui-se o óleo de linhaça pelo óleo soja queimado e a economia é de até 350%”, diz Neymar Pereira dos Santos, 56 anos, administrador da ONG.

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