A energia fotovoltaica é à alternativa sustentável encontrada pelos paulistanos para a escassez dos recursos naturais.
A energia solar fotovoltaica a qual células solares convertem luz em energia elétrica, é a forma de produção de eletricidade que atualmente mais cresce no mundo . Segundo estudos do Instituto de Energia da Universidade a Califórnia e da Associação das Indústrias Fotovoltaicas Européias, desde 2003 o índice de expansão dessa indústria ultrapassa 50% ao ano.
A geografia, a localização e a área do Brasil são favoráveis para o desenvolvimento desses sistemas fotovoltaicos. Porém nota-se um atraso nessa área se relacionarmos com outros países.
Um dos principais obstáculos para a difusão dessa forma de energia é o fator econômico: “Eu só comecei a recuperar o investimento que fiz na instalação solar no começo do segundo ano”, explica o empresário João Carlos dos Santos, 50 anos.
Apesar do custo inicial de sistemas tradicionais de gás e eletricidade serem baixos, consomem cada vez mais energia, diferente da energia solar, que apesar de seu alto custo é gratuita, mantendo apenas uma despesa mínima com manutenção.
A ausência de uma política nacional que incentive a expansão do uso de energia solar fotovoltaica nas residências de São Paulo é devido, além do desinteresse dos governos estaduais, ao alto imposto de importação das células fotovoltaicas.
O Brasil já fabrica essas células, porém o silício, matéria prima para a produção de painéis solares, ainda é importado. A produção do silício é o fator inicial que impede a expansão brasileira da energia fotovoltaica.
Apesar dessas células serem a parte mais cara na construção dos painéis solares, nota-se hoje um aumento da potência e uma queda no preço desses painéis, que se torna cada vez mais acessível para a população brasileira.
Também ao alcance dos paulistanos, estão disponíveis palestras e workshops focados na expansão da consciência ecológica de preservação da natureza. “Primordialmente aderi ao uso de aquecedores solares por serem econômicos. Mas também existe a questão ecológica, é fundamental” comenta Marisa Aparecida Silvério, 48 anos, que teve seu primeiro contato direto com a energia solar no Workshop em energia voltaica.
Para colocar em prática o uso de energias alternativas em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab criou em 2007, a lei que torna obrigatória a preparação de todas as novas casas e edifícios para o uso de aquecedores solares de água. Casas e apartamentos com mais de três banheiros são obrigados a instalar os aquecedores.
Entretanto no Brasil, país no qual o desrespeito as leis é casual, a maioria dos cidadãos não acredita em um futuro próximo onde os aquecedores solares farão parte de suas casas: “Não, as leis não costumam fazer efeito aqui” argumenta Marisa.
Do outro lado, há os que defendem a iniciativa do prefeito: “Não sei por que esse pessimismo de que não ira funcionar, todos achavam que a lei anti-fumo não ia dar certo e viram que estavam errados!”, explica João Carlos. "E além de tudo a energia é essencial no cotidiano, por isso é fundamental que ela não polua durante seu uso. A tentativa não ira causar danos, afinal pior do que está não fica” brinca o empresário.