Os idiomas tratados antes como excêntricos, hoje estão ganhando espaço na escolha de uma nova língua. Francês, italiano, alemão, árabe, chinês, japonês e entre outros se enquadram nessa realidade. Dominar outra língua pode fazer a diferença na procura de emprego. No centro paulistano a demanda desses cursos cresce e vai desde gratuito a pago.
“Todos os dias tem alunos interessados” afirma Maísa Kouris, 29 anos, secretária . Duas vezes ao ano (fevereiro e julho), o Centro Cultural árabe – sírio no Brasil abre inscrições para o curso de cultura e idioma árabe. Apesar da grande procura, a taxa de desistência é muito alta – mais ou menos de 40%, como explicou Kouris. Alguns dos motivos para que isso ocorra são a dificuldade no aprendizado e as diferenças na caligrafia e leitura.
Além de oferecer os cursos tradicionais (inglês e espanhol), há aquelas escolas que trazem na sua bagagem outras alternativas – alemão, francês, italiano, japonês, chinês. “Os que mais procuram chinês e japonês são os jovens”, conta Fabiana Borges, 33 anos, secretária da Skill Idiomas.
O que determina a procura entre os adultos, segundo Fabiana são a necessidade para viagens e mercado de trabalho. Já para as crianças, a iniciativa parte delas, “porque elas gostam da lingua”. Em contrapartida, Maísa, afirma que a maioria da procura do curso árabe é por curiosidade. "Uns 90% dos alunos são brasileiros e 10% descendentes”, aponta a secretária do Centro Cultural árabe.
Muitos jovens já sabem os idiomas básicos, inglês e espanhol. Consequentemente, outras línguas são procuradas. Isso faz com que a linguagem seja valorizada e que os idiomas alternativos aumentem as chances de um salário melhor. “Paga-se bem para quem fala árabe. Há poucos profissionais que a dominam”, diz Kouris.